08 setembro 2011

O deputado estadual, Gustavo Fernandes, anda tão “atabalhoado”, como diz um amigo meu, que, nos últimos dias, tem dado muitos passos em falso. E isso pode lhe custar dividendos políticos. A sua pressa em tomar as rédeas de algumas situações e, até, falar em nome do PMDB, sem ser autorizado, não é bom indicativo para quem está iniciando carreira.

Segundo algumas pessoas que privam da sua amizade pessoal, o jovem parlamentar não gosta de escutar ninguém, nem mesmo seu pai, Elias Fernandes. Por isso, não raro, tem trocado os pés pelas mãos e as mãos pelos pés, em muitas situações nas quais a voz da sabedoria e experiência o faria recuar.


Uma prova disso foi o lançamento do convite (com sua foto estampada nele) para o “Encontro Regional do PMDB”, que seria realizado no próximo dia 17. Sozinho e desamparado, sem nenhum ícone da legenda para lhe dar sombra e água fresca, Gustavo Fernandes tomou a iniciativa de convidar prefeitos, vereadores, lideranças políticas e simpatizantes do partido para se fazerem presentes a uma “convenção”, no BNB de Pau dos Ferros, cujo ato precipitado já foi desautorizado pela cúpula estadual e remarcado para o dia 24.

Outro fator que tem atrapalhado os planos do deputado é falar sem ter a certeza do que diz. Mesmo esperneando e dizendo que não tem como existir convivência política entre seu grupo e o DEM, vai ter de engolir seco o acordo firmado entre os líderes do PMDB, deputado Henrique Alves, o ministro, Garibaldi Filho, e a governadora, Rosalba Ciarlini, que selaram parceria político-administrativa entre as duas siglas.

Ademais, Garibaldi Filho disse, recentemente, ao blog, que participará sim do Encontro Regional do PMDB em Pau dos Ferros - como já tem feito regularmente em outros municípios pólos do estado -, mas está totalmente descartada a possibilidade do lançamento de pré-candidaturas próprias do partido ao cargo de prefeito do município

A afirmação do ministro, Garibaldi Filho, joga por terra, definitivamente, toda a expectativa criada por Gustavo Fernandes, que queria, a todo custo, mostrar força dentro do PMDB e transformar o evento partidário regional num palanque local; com a filiação do ex-prefeito, Nilton Figueiredo, e seu filho, Bráulio, e a indicação intempestiva e pirotécnica de um deles para a sucessão municipal de 2012.

Em função disso – por ser uma mala velha lavada em nove águas – doutor Nilton, juntamente com seus amigos do peito, que vivem grudados nele igual a catarro em parede, por não depositar muita confiança na garantia da “Terra Prometida” pelo parlamentar peemedebista, sem combinar com seus superiores, possivelmente irão engatar uma ré e desistir do ingresso na ala bacurau. 

Ora, a mudança de partido para quem almeja disputar cargos eletivos nas eleições do próximo ano, termina no dia 7 de outubro. O encontro do PMDB, por sua vez, acontecerá dia 24. Portanto, entre a filiação e o arrependimento, existe um espaço mínimo de 13 dias, número místico que está bem perto do 15, dígitos do PMDB, mas que, também, é quase a metade do 25, algarismo do DEM.

A situação do ex-prefeito Nilton Figueiredo, que já não era das melhores, a cada dia fica mais complicada. Porque o tempo urge. Sua cabeça, certamente, deve estar girando em mil parafusos. Ele não sabe se vai ou se fica. Pois, se correr o bicho pega; e se ficar o bicho come. O doutor, apesar de não ser cego, está muito desconfiado da esmola grande. E não é à-toa que continua com um pé na frente e o outro atrás. 

Já dizia minha avó, de saudosa memória, que “mais vale um PPássaro na mão . . .”

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