27 janeiro 2011

O GOVERNO FEDERAL MASSACRA AS PREFEITURAS


Repetidas vezes, quando presidente, Luiz Inácio LULA da Silva (PT) criticava os prefeitos por falta de projetos e dava de ombros para as reclamações que ecoavam das manjadas – e sem resultados práticos – da “Marcha dos Prefeitos” em Brasília (DF).

Na prática, LULA fechou as torneiras. Abria a conta-gotas, observando seu interesse político. No geral, os gestores municipais foram massacrados. Ficaram de joelhos e com pires nas mãos. A conta foi apresentada, agora, em balanço feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM).

“A União deixou de repassar, às prefeituras, nos últimos anos, um montante de R$ 27,8 bilhões previsto no orçamento federal para despesas correntes e investimentos dos municípios”, revela o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Esses valores entraram para a rubrica de “restos a pagar”, porque o Governo não efetivou o pagamento, apesar de ter autorizado no orçamento corrente.

A conta não é pequena. O Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) registra que a presidenta, DILMA Rousseff inicia o governo com uma conta de R$ 128,7 bilhões de restos a pagar deixados pelo ex-presidente LULA, inseridos aí dos R$ 27,8 bilhões que deveriam ter chegado nos cofres dos municípios para obras previstas em orçamento.

As consequências são desastrosas, afetando, diretamente, a vida das pessoas. Os gestores municipais, em sua maioria, dependem, exclusivamente, de repasses federais. Por isso, são incapazes de fazer planejamento efetivo.

Poderia ser diferente, se os próprios prefeitos tivessem a exata noção da forças que os municípios têm. Eles deveriam exigir melhor qualidade na relação da União com os municípios. Mas, por que eles não fazem isso? Simples: a maioria vai a Brasília para resolver interesses individuais.

De lá, por meio de assessores, mandam fotos participando de almoços e jantares em casas de deputados e senadores, passando a ideia de que têm alguma influência.

Portanto, enquanto os prefeitos não assumirem o verdadeiro papel de operários públicos, os municípios vão continuar penalizados pela falta de recursos e de obras que contemplam a melhoria de vida.

Jornal de Fato

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