O destino de Pau dos Ferros é crescer – proclamou a
desembargadora Zeneide Bezerra ao agradecer, sexta-feira, ao título de “Cidadã Pauferrense”,
proposto pelo vereador Manoel Augusto de Queiroz, aprovado por unanimidade e
que lhe foi entregue em solenidade realizada na Câmara Municipal.
Ela fez uma saudação à história e ao presente do
município, destacando sua vocação para o desenvolvimento com as bênçãos da
padroeira – Nossa Senhora da Conceição. E acentuou:
- De um lado, um município, cujos prefeitos, no passado,
deram verdadeiras lições de ética e gestão, mesmo com as limitações do seu
Orçamento.
A título de exemplo, a desembargadora citou
personalidades da história local, como o prefeito Francisco Sena (construtor do
matadouro e da praça pública), o interventor Rafael Fernandes (construiu o o
quartel-presídio), o Monsenhor Caminha (criou o salão paroquial e o Patronato
Alfredo Fernandes) e o prefeito João Escolástico Bezerra.
- Foi ele que, numa atitude arrojada, trouxe a luz
elétrica para o município, sendo o primeiro a receber este grande
empreendimento.
Um reconhecimento especial ela fez
questão de externar ao prefeito atual, Leonardo Rego, afirmando:
- Já me sentia pauferrense não só com
relação aos homens e mulheres desta terra que firmaram os precedentes
históricos, mas, prioritariamente, face à gestão moderna que aí está plantada
nas raízes do desenvolvimento.
Resgatando a origem do município, lembrou a criação da
Sesmaria de Pau dos Ferros, em 1733, com sua doação aos Rocha Pita – Luiz,
Francisco, Simão da Fonseca e dona Maria Joana, filhos e herdeiros do Coronel
Antônio da Rocha Pita.
A desembargadora Zeneide Bezerra fez, também, um apanhado
das lutas pela emancipação do município, iniciadas em 1841 e que se tornaram
vitoriosas com a efetiva criação em 4 de setembro de 1853.
Entre os fatos marcantes e que constituiram os primeiros
grandes desafios que o povo pauferrense teve que enfrentar destacou dois: 1) Em
1862, a eclosão de uma epidemia que levou a óbito 189 pessoas; e 2) Em 1877, a
grande seca que causou grandes prejuizos – com doenças e fome, principalmente,
mas que motivou a luta do povo pela construção do açude Riacho do Meio, hoje,
“25 de Março”, “um belíssimo lugar de lazer”.
Destacando o sentimento de honradez que o título de
cidadã lhe proporcionava, a desembargadora Zeneide Bezerra disse que seu amor a
Pau dos Ferros precede a essa homenagem, tendo começado graças ao seu marido,
“um filho fervoroso da terra, Heriberto Escolástico Bezerra”.
- Mil vezes escutei e escuto as histórias da terra, desde
as de caráter profano quanto às demais. Comecei a amar este solo desde então.
Concluindo destacou: “Ferro, simbolicamente, os corações
de todos os pauferrenses, com a minha grande alegria, com a minha grandiosa
emoção, de me fazer filha desta terra”.
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