A Associação dos
Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol) entregou, na manhã
de ontem, ao Delegado Geral do Estado, Fábio Rogério Silva, um ofício confirmando
que, caso os aprovados no último concurso público da categoria não sejam
convocados até o fim do próximo mês, os dez delegados responsáveis pelas
delegacias regionais do RN entregarão os cargos em virtude das deficiências na
estrutura. O documento foi protocolado na Delegacia Geral de Polícia Civil
(Degepol) logo após uma reunião entre Fábio Rogério e os delegados regionais.
Segundo o documento assinado pela presidenta da Adepol, Ana Cláudia Saraiva Gomes, os delegados lotados no interior do Estado encontram-se, há mais de três anos, "extremamente sacrificados acumulando a responsabilidade de inúmeros municípios". Sob responsabilidade de cada um dos delegados regionais estão a investigação de crimes ocorridos em 15, 16 e até mesmo 20 cidades do RN.
Por causa do acúmulo de serviço, explica Ana Cláudia, os profissionais enfrentam diversas dificuldades, "sacrificando a própria saúde e convívio com a família". A presidenta diz ainda que os delegados sofrem ameaças de responsabilização administrativa por descumprimento de prazos e há cobrança de promotores e juízes. A solução para os problemas, segundo Ana Cláudia, está no planejamento. "Somente a interiorização planejada da polícia civil, com ocupação de pelo menos as comarcas irá minimizar a enorme gama de problemas em torno de tal questão".
Nesta terça-feira, 14, na sede da Degepol, Fábio Rogério se reuniu com
todos os delegados regionais. O Delegado Geral confirmou que irá remanejar 12
delegados que serão convocados. "Os servidores deverão ser remanejados
para as delegacias do interior do Estado, onde há mais necessidade de reforço
policial. Cidades como Mossoró, Caráubas, Açu, PAU DOS FERROS, Santa Cruz, Nova
Cruz, Tangará, Lajes, Macau, Jucurutu e Alexandria estão entre algumas das
cidades que receberão as equipes conforme a necessidade de cada local",
disse.
Além dos 12 delegados, serão convocados 12 escrivães e 69 agentes de polícia
que devem começar os trabalhos a partir de janeiro após a nomeação. "Esse
é um compromisso nosso, pois eu fui delegado regional e conheço a realidade no
interior, que carece de efetivo", comentou.
TN online
Nenhum comentário:
Postar um comentário