Durante as discussões para
elaboração do novo Código Florestal brasileiro, na manhã desta quarta-feira
(23), o senador, José Agripino (RN), defendeu duas atividades economicamente
fundamentais para o Rio Grande do Norte: a carcinicultura e a produção de sal.
O estado corria o risco de ter ameaçadas as áreas de salinas e de criatórios de
camarão.
“As salinas já estão
salvas porque foram consideras como atividade de utilidade pública. E uma
emenda que eu elaborei vai, igualmente, colocar os criatórios de camarão do Rio
Grande do Norte como utilidade pública, tendo em vista que são enormes
geradores de emprego e renda para pessoas que vivem, há anos, naquelas áreas,
sem agredir em nada o meio ambiente”, destacou o parlamentar, na reunião da
Comissão de Meio Ambiente.
O presidente do
Democratas elogiou o trabalho dos relatores do novo Código e disse que o
esforço coletivo merece reconhecimento por parte da sociedade brasileira.
“O
novo Código Florestal não está concluído, está encaminhado. Mas vale lembrar
que foi feito com aquilo que é possível em termos de preservação do meio
ambiente e a preservação da vida das pessoas. O trabalho dos relatores foi bem
feito, politicamente equilibrado. É um relatório suprapartidário que contou com
a colaboração de todos os partidos”, afirmou.
Agripino reconheceu a
dificuldade do consenso diante de tantos interesses divergentes.
“É impossível
você atender todas as demandas e satisfazer aos ecologistas e aos que dependem
do uso da terra para garantir seu sustento”. E continuou: “O que é preciso é
compatibilizar a preservação de futuro, que é importante, o meio ambiente, com
a vida das pessoas que muitas vezes está fincada no que chamamos de direito
adquirido, ao longo dos anos, com a ocupação da terra. Agora, o que não dá para
aceitar é você permitir a ocupação da terra e agredir o meio ambiente”.
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