Este blogueiro foi abordado nas ruas e instado a responder sobre as reais chances que a senhora Karenina Fernandes tem de ser a candidata a vice, numa chapa encabeçada por Fabrício Torquato. Respondi que todas.
Ora, Karenina Fernandes é a esposa do diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes, de cujo matrimônio nasceu o deputado estadual, Gustavo Fernandes, herdeiros políticos de José Fernandes de Melo, de saudosa memória.
“Doutor Zé Fernandes”, sogro de Karenina, governou Pau dos Ferros por três vezes (53-58/73-76/83-88) e de suas mãos advieram diversos políticos da região que, até então, eram desconhecidos e jamais teriam subido ao topo do poder sem ajuda da sua liderança.
Assim sendo, observando a cena por esse ângulo, existe uma grande tradição política dos sobrenomes Torquato e Fernandes em Pau dos Ferros. Porém, o último mandato exercido por “José Fernandes”, o sogro de Karenina Fernandes, terminou em 1988. Naquela época, conseguiu eleger o sucessor, Nilton Figueiredo. De lá pra cá, a família ocupou três vezes o posto de vice: duas com Maria Rêgo Torquato (93-96 e 2000-2004) e outra com Fabrício, que é o atual, e perdeu duas eleições para prefeito, também com Maria Rêgo (1996 e 2004).
Deste modo, usando esse jogo de xadrez, as famílias Fernandes/Torquato lutam, incessantemente, em busca do sonho de voltar ao governo municipal de Pau dos Ferros, pela quarta vez, e ressuscitar o legado deixado por José Fernandes.
Portanto, não será nenhum exagero dizer que, já que Fabrício Torquato é o pré-candidato do DEMocratas à sucessão do prefeito, Leonardo Rêgo, Karenina Fernandes, que é casada com um primo legítimo dele, Elias Fernandes, poderá sim ser a candidata a vice, posto que ela é filiada aos quadros do PMDB e a legenda bacurau que é, hoje, uma das principais aliadas do Dem no plano estadual, não fará nenhuma objeção ao seu nome e sobrenome.
Acaso seja homologada nas convenções do próximo ano, esta será uma chapa, literalmente, “puro-sangue”; o que não é muito de se estranhar, posto que existem municípios no Brasil governados por Pais e Filhos - sem falar na quantidade excessiva de tios e sobrinhos que se revezam nas chefias dos executivos.
Pensando bem, doutor Nilton Figueiredo não tem muito o que reclamar, não. Pois, sem tirar os seus méritos pessoais, dificilmente ele teria enveredado no campo político logrando êxito por três mandatos eletivos, sem o apoio inicial do "Velho" (adjetivo dado a José Fernandes). Assim, ele é quem deve favores à família Fernandes e tem o dever e a obrigação moral de seguir os passos dela por onde quer que vá!
Pensando bem, doutor Nilton Figueiredo não tem muito o que reclamar, não. Pois, sem tirar os seus méritos pessoais, dificilmente ele teria enveredado no campo político logrando êxito por três mandatos eletivos, sem o apoio inicial do "Velho" (adjetivo dado a José Fernandes). Assim, ele é quem deve favores à família Fernandes e tem o dever e a obrigação moral de seguir os passos dela por onde quer que vá!
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