01 novembro 2011

Este blogueiro foi abordado nas ruas e instado a responder sobre as reais chances que a senhora Karenina Fernandes tem de ser a candidata a vice, numa chapa encabeçada por Fabrício Torquato. Respondi que todas.

Ora, Karenina Fernandes é a esposa do diretor-geral do Dnocs, Elias Fernandes, de cujo matrimônio nasceu o deputado estadual, Gustavo Fernandes, herdeiros políticos de José Fernandes de Melo, de saudosa memória.

“Doutor Zé Fernandes”, sogro de Karenina, governou Pau dos Ferros por três vezes (53-58/73-76/83-88) e de suas mãos advieram diversos políticos da região que, até então, eram desconhecidos e jamais teriam subido ao topo do poder sem ajuda da sua liderança.

Além disso, Dona Lindalva Torquato (in memorian), era esposa de José Fernandes, mãe de Elias, avó de Gustavo, nora de Karenina, irmã do saudoso Francisco Torquato (“Chico Cuchia”), que é o pai de Fabrício Torquato.

Assim sendo, observando a cena por esse ângulo, existe uma grande tradição política dos sobrenomes Torquato e Fernandes em Pau dos Ferros. Porém, o último mandato exercido por “José Fernandes”, o sogro de Karenina Fernandes, terminou em 1988. Naquela época, conseguiu eleger o sucessor, Nilton Figueiredo. De lá pra cá, a família ocupou três vezes o posto de vice: duas com Maria Rêgo Torquato (93-96 e 2000-2004) e outra com Fabrício, que é o atual, e perdeu duas eleições para prefeito, também com Maria Rêgo (1996 e 2004).

Deste modo, usando esse jogo de xadrez, as famílias Fernandes/Torquato lutam, incessantemente, em busca do sonho de voltar ao governo municipal de Pau dos Ferros, pela quarta vez, e ressuscitar o legado deixado por José Fernandes. 

Portanto, não será nenhum exagero dizer que, já que Fabrício Torquato é o pré-candidato do DEMocratas à sucessão do prefeito, Leonardo Rêgo, Karenina Fernandes, que é casada com um primo legítimo dele, Elias Fernandes, poderá sim ser a candidata a vice, posto que ela é filiada aos quadros do PMDB e a legenda bacurau que é, hoje, uma das principais aliadas do Dem no plano estadual, não fará nenhuma objeção ao seu nome e sobrenome.

Acaso seja homologada nas convenções do próximo ano, esta será uma chapa, literalmente, “puro-sangue”; o que não é muito de se estranhar, posto que existem municípios no Brasil governados por Pais e Filhos - sem falar na quantidade excessiva de tios e sobrinhos que se revezam nas chefias dos executivos.

Pensando bem, doutor Nilton Figueiredo não tem muito o que reclamar, não. Pois, sem tirar os seus méritos pessoais, dificilmente ele teria enveredado no campo político logrando êxito por três mandatos eletivos, sem o apoio inicial do "Velho" (adjetivo dado a José Fernandes). Assim, ele é quem deve favores à família Fernandes e tem o dever e a obrigação moral de seguir os passos dela por onde quer que vá! 


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