21 novembro 2011

Muitos aliados do ex-prefeito, Nilton Figueiredo, parece até que, num gesto de premonição, foram contrários à sua desfiliação do Partido Progressista - onde tinha voz e vez - para ingressar às hostes do PMDB. Não foram poucos os que, em forma de protesto, deixaram de comparecer à sede do BNB Clube, no último dia 24 de setembro, quando aconteceu o Encontro Regional da sigla em Pau dos Ferros.

Eles já imaginavam que algum desastre político poderia acontecer. Alguns temiam que seu nome fosse fritado nas convenções para definir o candidato a prefeito em 2012. Pois o partido, que é aliado da Governadora, Rosalba Ciarlini, tem todas as chances de indicar o companheiro de chapa de Fabrício Torquato.

Porém, eles não contavam – e nem passava por suas cabeças de jeito nenhum – era que o nó de porco seria dado bem antes e numa tarefa básica: o manejo burocrático da transação partidária junto à Justiça Eleitoral.

E foi, exatamente, num lapso e num laço, em forma de bobeira infantil, que doutor Nilton poderá ver o sonho de disputar, outra vez, a prefeitura de Pau dos Ferros vazar por entre os dedos.

Ele migrou para o PMDB no dia 06 de setembro de 2011, mas se esqueceu de pedir para sair do PP dentro dos prazos e interstícios estabelecidos pelo artigo 22, Parágrafo Único, da Lei 9.096/95 (Lei Orgânica dos Partidos Políticos), que acata até dois dias depois. No entanto, isso só foi feito no dia 21 de setembro. Portanto, 15 dias após o prazo permitido.

E o pior, nessa história toda, é que ele não caiu sozinho na arapuca. Dr. Nilton levou consigo o herdeiro político, Bráulio Figueiredo, que era cotado como o ás na manga do Plano B”, acaso ele – mesmo que o PMDB lhe desse a legenda, tarefa bem difícil se concretizar - não pudesse concorrer ao pleito por diversos motivos e situações que lhe são desfavoráveis perante o TCE, Câmara Municipal, Ministério do Meio Ambiente, Vara Federal, dentre outros.

Depois disso tudo, fica a pergunta que não quer calar. Será que o PMDB já tinha tomado conhecimento dessa mancada que ele deu e, por isso, NÃO lançou seu nome, nem do filho, para concorrer à prefeitura pau-ferrense? Pois, como todo mundo sabe, os líderes do partido não manifestaram essa vontade aqui em Pau dos Ferros, no dia 24 de setembro próximo passado, e muito menos lá em Natal, na última sexta-feira, dia 18. Nos dois eventos, ele quase passou em brancas nuvens. Foi citado, apenas, pelo locutor da festa democrática.

Não foi falta de aviso. Este escrevinhador postou, reiteradas vezes, que “mais vale um PPássaro na mão do que muitas ProMessas DúBias voando”. Mas, como sempre, fizeram-se de ouvidos moucos e olhos cegos.

Agora, que lambam os pratos. Pois, de uma garfada só, estão sendo devorados o milho e o "MUNGUZÁ".(<clique e entenda).


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