As 79 agência bancárias que atuam na capital do Rio Grande do Norte, Natal, estão sendo fiscalizados, desde ontem (25), pela coordenação geral do Procon Estadual. A iniciativa vai ao encontro com a Lei 9460/2011, de autoria do deputado estadual Walter Alves, que visa coibir a modalidade de assalto conhecida como “saidinha de banco”.
Para o deputado peemedebista, a medida é bem-vinda e vai trazer mais segurança para os consumidores. O parlamentar comenta que a lei estabelece que as instituições bancárias e financeiras do RN estão obrigadas a instalar biombos, ou cabines, que impossibilitem, totalmente, a visualização daqueles que realizam operações nos caixas de auto-atendimento e, também, das pessoas que aguardam para serem atendidas nos caixas internos.
Já o coordenador do Procon RN, Araken Farias, comentou que os bancos tiveram um prazo de 180 dias – que terminou em 5 de setembro – para se adaptarem às exigências, porém muitos não se adequaram.
“Não temos um número preciso de quantos bancos se adequaram, mas sabemos que a grande maioria não cumpriu às exigências, e os que cumpriram só o fizeram parcialmente”, disse. De acordo com dados do Procon Estadual, na lei consta, ainda, que os bancos precisam de equipamentos de segurança com os seguintes dispositivos: portas de segurança blindadas, giratórias e individualizadas em todos os acessos provido ao público. Depois da fiscalização na capital, o Procon ficalizará as agências no interior do RN.
“Além disso, devem ser instalados vidros e janelas com blindagem para armas de grosso calibre nas portas de entrada, janelas e fachadas frontais e em toda parte que separa o auto-atendimento de parte do interior da agência; portas com detector de metais, recipiente para guarda de objetos metálicos em todos os acessos destinados ao público, além de circuito interno de televisão nas entradas e saídas dos estabelecimentos e também em lugares estratégicos onde se possa ver o funcionário da agência”, computou Araken Farias.
Deficientes físicos
Além dos biombos e outros dispositivos, as instituições financeiras precisam, também, adaptar os seus caixas eletrônicos para o uso dos portadores de necessidades especiais. Os caixas eletrônicos deverão ser instalados em áreas com espaço suficiente para a permanência e movimentação de usuários de cadeiras de rodas.
Ademais, deverão ser construídos acessos adequados, com rampas e portas que permitam a passagem do cadeirante, eliminando-se obstáculos e desníveis nos pisos. Segundo os números da Adefern (Associação de Deficientes Físicos do Rio Grande do Norte), 17,8% da população do Estado (cerca de 3,2 milhões de habitantes) tem algum tipo de deficiência.
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