Já tem se tornado corriqueiro o fato de que, no ano imediatamente anterior às eleições, as pessoas – mesmo contrariando a legislação eleitoral – antecipem o pleito e fiquem alimentando a ânsia de saber quem será candidato quando, na realidade, é consciente que ainda falta bastante tempo para que o processo seja deflagrado. Essa atitude equivocada pode prejudicar um projeto de governo que está seguindo seu curso normal.
É muito comum que as atenções que deveriam ser voltadas para o administrador de plantão sejam substituídas – de forma prematura - pelo gestor do porvir; causando estragos, muitas vezes irreparáveis, antes mesmo da lua de mel. A isso chamamos de perspectivas de poder. Trocar, antes do tempo, quem está por quem vai estar é, deveras, impedir o curso natural dos acontecimentos.
Pois bem.
Na serra de São Miguel, região do Alto Oeste potiguar, era exatamente isso o que estava acontecendo. Candidaturas precoces foram lançadas e “ganharam o mundo”; cada uma a seu modo e bel-prazer. Portanto, à revelia do prefeito, Galeno Torquato, que, igual aos outros gestores municipais do país, deve ser o timoneiro que guiará essa embarcação até seu destino final. Logo, qualquer vento que sopre numa direção inversa poderá levar a tripulação inteira para o fundo do mar.
Não é tarefa muito de difícil de entender; nem está escrito em caracteres ou códigos que não possam ser decifrados. É, pois, uma mera questão de discernimento. Simples assim. Tudo quanto a atual gestão micaelense quer é tocar, naturalmente, suas obras e ações - que visam melhorar a infraestrutura física do município e a qualidade de vida do povo - sem, contudo, ter de caminhar lado a lado e de forma antecipada, com questiúnculas político-eleitorais que turvam as águas do bom senso. Pois, essa mistura heterogênea não é salutar. E não sendo saudável é danosa.
Ora, quando o chefe do executivo afirma que só tratará sobre sucessão municipal a partir de abril ou maio do próximo ano, portanto, daqui a 9 meses, ele, certamente, sabe do que está falando. Na condição de médico, especializado em obstetrícia, tem conhecimento de que uma gravidez bem sucedida dura, exatamente, 36 semanas (4 x 9). Antes disso, porém, poderá ser considerado aborto ou, na melhor das hipóteses, um parto prematuro e de risco – situações que, para ilustrar, nenhum político, em sã consciência, deseja passar por ela.
Ademais, nove meses de governo empreendedor é muito tempo e não pode ser jogado fora. Um período longo desse, bem aproveitado, rende mais do que arroz solto.
Daí porque, ao invés de desperdiçar esse precioso tempo e energias em coisas de somenos importância, pequenas e rasteiras que possam redundar em prejuízos administrativos incalculáveis para o município, é bem mais vantajoso que todos os homens públicos da Serra do Camará desarmem os espíritos, unam-se, abracem-se e defendam a mesma causa e propósito: “FAZER O QUE SÃO MIGUEL PRECISA”!
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