O tão esperado encontro regional do PMDB, em Pau dos Ferros, que já tinha sido adiado umas três vezes, enfim, aconteceu nesta sábado, 24, na sede do BNB Clube.
Como o próprio nome define, a convenção era regional. Mesmo assim, apesar dos alardes de que ela foi apoteótica e a maior do estado, essa afirmação não passa de pirotecnia de alguém que tem espírito megalomaníaco e quer maximizar um evento simples, normal - sem nenhum ingrediente extraordinário que possa dar a conotação de grandiosidade; acima do nível que já estava previsto.
Não compareci, mas enviei um mensageiro que me passou todo “leriado”. Além disso, também ouvi os discursos pelas ondas do rádio. É verdade. O ato político foi transmitido por uma emissora local, que se intitula de educativa, mesmo sabendo que não poderia fazê-lo, posto que são vedadas transmissões, ao vivo, de movimentações políticas; o que pode se configurar em CRIME ELEITORAL.
Pois, bem. Vamos ao que interessa.
Vários PMDBistas – de ontem e hoje – fizeram parte do rol de oradores. Mas, dentre todos os discursos, o que o público presente mais aguardava, e de forma bastante ansiosa, posto que ele estava cercado de simbolismo, tendo em vista os últimos acontecimentos, era o de Garibaldi Filho.
Quando o ministro começou a falar, os niltistas, de carteirinha ou não, numa clássica e bem montada claque, tentaram forçar Garibaldi Filho a lançar o nome de Niton Figueiredo a prefeito. Mesmo com a insistência velada, aos gritos, não conseguiram arrancar essa frase dele. De forma elegante, para não parecer antipático, Garibaldi, ao cumprimentar toda mesa dos trabalhos, apenas “destacou” a presença e filiação de Nilton, Bráulio e Xavier Rêgo, mas enfatizou que “minha saudação especial vai para o PMDB de Pau dos Ferros”. Depois disso, nada além de um tímido e insosso aperto de mão.
Ao contrário, Garibaldi Filho, talvez querendo afastar da cabeça do ex-prefeito de disputar, novamente, o cargo eletivo de prefeito no próximo ano, em decorrência da idade avançada e outros problemas, mesmo sem citar nomes, fez comparação com o vinho que, quanto mais velho melhor, porém conclamou a juventude para se filiar à legenda dizendo que "confio na liderança dos jovens, se bem que, de vez em quando, uns velhinhos se metem no meio”.
O PMDB, por onde passa, prega, exaustivamente, a união do partido em todos os municípios potiguares. Mas, lendo o discurso de Garibaldi Filho, nas entrelinhas, já que, em NENHUM MOMENTO, ele teve a espontaneidade de lançar, nem o fez na marra – como queriam Gustavo e Elias Fernandes - a pré-candidatura de Nilton Figueiredo a prefeito de Pau dos Ferros, tudo leva a crer que neste município, pelo menos por enquanto, a di-vi-são das sílabas (e das letras G/H) está mantida; e o que era seis continua sendo meia dúzia.
Esse fator, por si só, é um indicativo de que aqui na “Terra dos Vaqueiros Bravios”, o coração de Garibaldi Filho parece que continua vermelho. Prova disso é que, observando os links de cobertura de eventos de alguns blogs/sites, que estavam no BNB, não consegui vislumbrar uma FOTO, sequer, digamos, oficial, que estejam, todos juntos, em pose: Garibaldi, Henrique, Gustavo, Elias, Nilton e Bráulio. Confesso que não vi. Isso mostra que o quadro não é e nem está tão bem pintado e bonito como querem deixar transparecer. O histórico “retrato falado” transformou-se num verdadeiro desapontamento para doutor Nilton e seus aliados.
Logo, apesar de todo esforço e promessa do deputado Gustavo Fernandes, ainda não foi desta vez que conseguiu afastar as dúvidas que pairam na cabeça de todo mundo, inclusive na dele, se, neste município, em 2012, Henrique e Garibaldi subirão no mesmo palanque, em apoio a uma suposta candidatura de Nilton Figueiredo.
Em determinado momento do discurso, Garibaldi Filho disse que iniciou sua exitosa vida pública de "calça curta", porque, segundo ele, há quarenta anos, não existia bermuda.
Em determinado momento do discurso, Garibaldi Filho disse que iniciou sua exitosa vida pública de "calça curta", porque, segundo ele, há quarenta anos, não existia bermuda.
PPensando bem . . . Será que Nilton Figueiredo, nesse imbróglio, vai ser pego de "calça curta", hein?
“E aí, doutor”?
“E aí, doutor”?
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