20 junho 2011

O prefeito de Pau dos Ferros, LEONARDO Rêgo, esteve, nesta segunda-feira (20), como costuma fazer com certa regularidade, no estúdio da Rádio Cultura do Oeste, AM, para fazer um pronunciamento no intuito de rechaçar ondas de terrorismo e algumas inverdades disseminadas por determinados meios de comunicação oposicionsitas sobre o Piso Salarial dos Professores da rede municipal de ensino, aprovado pela Lei 1243/11, Convênios celebrados com o Dnocs e, ainda, relacionado à incompatibilidade do seu patrimônio com a renda que possui.

De acordo com Leonardo, as pessoas da região são politizadas e têm interesse em saber o que se passa na administração e, deste modo, necessário se faz que o gestor público tenha um grau de responsabilidade muito grande naquilo que vai colocar ao público como informação.

“Quem tem equilíbrio, bom senso e responsabilidade, sabe o que está falando; diferentemente de certas pessoas que são escaladas, muitas vezes, para digitar algo, escrever algo, falar algo e o sentimento que a gente tem é que essas pessoas, literalmente, não têm mais nada a perder. Uma pessoa que chega a um ponto na vida que se ridicularizou tanto, ela passa a ser utilizada para fazer esse tipo de coisa. Ta aí, a batata está na sua mão, se ridicularize, diga o que você quer. Essa gente não tem princípio, idoneidade para alardear nada, não respeita nem os filhos e faz parte de grupo restrito que não tem mais perspectiva de vida pela frente, são escaladas para escrever e falar coisas em veículos de comunicação que não condizem com a realidade e acabam chegando ao ridículo", destacou.


O prefeito disse que “isso acontece com pessoas que têm seus interesses pessoais contrariados. Eu trabalho pela coletividade. Logo, essas pessoas não me incomodam. Toda essa confusão foi gerada porque fomos tomados de forma súbita. Arquitetaram a deflagração de uma greve, por três dias, sem ao menos chamar a Administração para sentar à mesa de negociação com a categoria. A Prefeitura foi quem tomou a iniciativa, através de ofício, propondo reunião para analisar a pauta de reivindicações, prioritariamente sobre a implantação do Piso Salarial dos Professores. E não há necessidade de se estender numa negociação quando existe lei. Se é lei, vamos cumprir. Foram pactuados prazo e enviamos o Projeto à Câmara antes do prazo”, complementou.

Dentro da minha linha de autenticidade, reconheço que, em função deste quesito prazo, houve uma falha, interna, de comunicação entre os Poderes Executivo e Legislativo. Era para o Executivo ter tido mais zelo na explanação do Projeto de Lei junto ao Legislativo. Esse é o meu pensamento.



INDEPENDÊNCIA E HARMONIA ENTRE OS PODERES

"Quando o projeto de lei chegou nas mãos do Legislativo, em regime de urgência especial, deve ter ido para pauta do plenário e foram apresentadas algumas emendas; como acontece em qualquer casa legislativa. Hoje, o relacionamento do Poder Legislativo com o Executivo – que no passado ninguém sabia como acontecia isso; era tudo de maneira obscura -, eu faço questão que o Presidente da Câmara venha a público e diga que o Poder Legislativo é independente. Porque ele está falando a verdade. Da mesma forma, eu digo que o Executivo e Judiciário também são independentes. O que há é a necessidade de harmonia entre eles em benefício da coletividade".

"Na hora em que alguém interpretou que o papel dos vereadores da situação, no ato da apreciação do projeto, foi papel de oposição, tem um lado bom da moeda. Porque não há imposição categórica do Executivo com o Legislativo. Nunca encaminhei matéria pra lá em tom de imposição; eu não posso fazer isso. Pois, o legislativo tem suas prerrogativas. Eu nunca tive o desprazer e nunca vou ter. Eu sei respeitar a privacidade do Poder Legislativo. E eu sou exemplo para todo Brasil. Porque foi possível governar boa parte do meu primeiro mandato com, apenas, um vereador, Eraldo Alves. Quando algumas pessoas diziam que iria ser cassado, não sei o porquê, foi possível governar dentro da linha de raciocínio de que é melhor ter uma minoria caracterizada, do que uma maioria descaracterizada", enfatizou.

Neste caso, específico, mesmo com a polêmica que se gerou, o resultado prático disso foi atender, integralmente, as reivindicações da categoria.

"Para que tanto chafurdo? Por trás disso, lá no próximo ano, virá essa mesma tabuada que os intrusos querem obter bônus político e vantagem através dela. Tem radialista que quer ser candidato a vereador e outro que pretende voltar. Mas, asseguro que eles não tiraram nem 0,01% de proveito da situação. As pessoas são inteligentes e sabem distinguir as coisas. Meus batimentos cardíacos, em nenhum momento, ficaram alterados em razão disso".

PAGAMENTO

"Na próxima semana, quando a Prefeitura pagar os salários dos servidores e os professores puxarem o extrato, vai ter lá depositado na sua conta o reajuste, o adicional salarial que foi acordado com a categoria, através dos representantes legais. É isso que o professor quer. Mas, o sindicato falhou. Antes de deflagrar a greve, deveria ter sentado com a Prefeitura. Quando sentou, foi atendido", disse.

"Já foram feitos cálculos e se detectou que as receitas do FUNDEB não são compatíveis com as despesas. Todos os meses a prefeitura complementa. E vai continuar assim. Mas, se é lei, não quero nem saber. Pois, lei é para se cumprir. Pau dos Ferros, hoje, tem uma dívida de mais de R$ 10 milhões porque, no passado, brincava e desdenhava das leis trabalhistas e as reclamações corriam à revelia", declarou.

"Repito. Está claro para os professores. A prefeitura vai pagar o retroativo de janeiro a maio. Fez parte do acordo com o sindicato com o consentimento da Assessoria Jurídica. O prefeito tem coragem, alicerçado na lei. Essa linha de relacionamento entre o Legislativo e o Executivo eu tenho interesse em estar à frente do processo. Porque na hora em que há o diálogo estreito e construtivo a sociedade de Pau dos Ferros é quem vai ter a ganhar com isso".

TERRORISMO

"Esse terrorismo que está aí, mais uma vez, vindo à tona, por meios de comunicação, inclusive um projeto de jornal, não vai nos abalar. Porque quem é do meio político sabe da seriedade e idoneidade de Leonardo e do deputado Getúlio Rêgo. A gente faz política com retidão, com dignidade, com correção, de cabeça erguida, com decência e responsabilidade. Aí, dentro desse processo de terrorismo, que eu já sei qual é o desfecho, mesmo sem ter bola de cristal. Vou usar um termo bem forte: não vou dar publicidade a malandro. Eu disse, certa vez, que não iria colocar ninguém em constrangimento, mas na hora que minha honra, moral e dignidade fossem atingidas, aí iria acionar a justiça para ela se pronunciar. Vou me reunir com um advogado que contratei, sem vínculo com a prefeitura, anexar ao processo minha declaração de imposto de renda de 2004 para cá, e o certificado digital, para provar para esse malandro que não houve enriquecimento ilícito", frisou ele.

ELIAS Fernandes e o DNOCS

O prefeito pau-ferrense também cobrou do Diretor-Geral do DNOCS, engenheiro Elias Fernandes, o depósito dos recursos provenientes de um convênio celebrado, em 2007, entre aquela instituição federal e a prefeitura para execução de obras de pavimentação na Vila Perímetro Irrigado e adutora no sítio Sorriso – zona rural do município.

“Tenha vergonha, doutor Elias, deposite os recursos dos convênios do DNOCS. Libere o dinheiro. O porquê protelar tanto? Quem não se lembra? O convênio foi assinado, em 2007, durante a inauguração de um ginásio de esportes naquela comunidade. A Prefeitura fez a parte dela ao depositar a contrapartida. O DNOCS é um órgão forte. No ceará, por exemplo, elege até senador. Aqui no Rio Grande do Norte deu um trabalho monstruoso para o DNOCS eleger um deputado estadual", concluiu.

Estiveram presentes à rádio, na momento da entrevista, o presidente da Câmara Municipal, ERALDO Alves, vereadores Zélia Leite, líder do governo na Casa Legislativa, Gilson Rêgo e Socorro da 36. Bolinha Aires não compareceu em virtude de uma viagem que teve de fazer.




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