
“O homem tem pressa em saber do que ele realmente é feito, como se fabrica um homem, como se dá a vida. Em toda parte, não obstante a sofreguidão da busca, resta a certeza de que, graças ao bem da ciência, tendo decifrado o código humano, teremos garantido não somente a nossa sobrevivência, mas da própria vida. Alheios a tanto empenho, crescem a ameaça e o temor do fim dos tempos.”
Essas palavras introduzem a investigação filosófica, em desenvolvimento pela minha amiga Soraya Guimarães nos confins da península nórdica, sobre a tecnologia da informação, baseada no pensamento de Martin Heidegger acerca da relação entre homem e linguagem.
Pouco sabia eu de Heidegger, além da limitada e preconceituosa idéia de que, em algum momento da sua trajetória, ele fora simpático à causa nazista. Minha amiga, fazendo-me ir além dos conceitos superficiais, mostrou que em um determinado ponto do percurso de seu pensamento, Heidegger olhou para o que é [Einblick in was das ist], para o hoje e pensou o modo como somos em meio ao avanço da ciência e da técnica moderna. Notadamente, ele tematizou, lá pelos anos dourados, a questão da cibernética e a idéia de informação.
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