AS DUAS VERTENTES:

A primeira seria para neutralizar a candidatura do vice-governador, Iberê Ferreira de Sousa (PSB), ao Governo do Estado e, paralelamente, fazia parte da estratégia da própria governadora, Wilma de Faria (PSB), que teria passado a Henrique Alves a incumbência de acabar com as arestas no grupo governista.

A outra vertente se voltaria a uma tentativa de Henrique de tentar assumir o controle do processo sucessório e, ainda, facilitar o entrosamento do PMDB com o DEM, levando o PMN e o PR. Tudo não passa de suposições. Mas, em um cenário em que o senador, GARIBALDI Filho, propaga sua vontade de se aliar à senadora ROSALBA Ciarlini, evidencia que os planos do PMDB já estão definidos e costurados.

É compreensível que, faltando pouco mais de um ano para as eleições, surjam especulações que remetam a várias composições. Com o PSB, por exemplo, ficaria um clima desagradável politicamente em Natal, tendo em vista que o acordão feito no ano passado não vingou. E todos estão fugindo de novos constrangimentos políticos. Afinal, a disputa maior não será para o Governo do Estado. É para o Senado, por duas vagas, pelas quais brigarão as três maiores lideranças. Garibaldi sabe que Rosalba e Agripino somam ao seu projeto. Wilma, também, mas perderia em alguns redutos.

Jornal de Fato