15 agosto 2011

O Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte determinou a retirada de delegacias de todos os policiais que estavam atuando em apoio à Polícia Civil. Pelo menos 78 PMs desempenhavam essa função, principalmente, no interior do Estado. Com a determinação, algumas delegacias amanheceram fechadas, como é o caso da Delegacia Regional de Apodi.

A retirada dos policiais militares atende a uma reivindicação do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), e foi estabelecida nesta segunda-feira (15), pelo comandante da PM, Coronel Araújo Silva.

No entanto, como a Polícia Civil está presente somente em 40% dos municípios do Rio Grande do Norte, a saída dos PMs abriu uma lacuna e deve dificultar ainda mais o trabalho desenvolvido por ela. 

Em Apodi, por exemplo, onde funciona uma Delegacia Regional, o atendimento à população foi suspenso nesta segunda-feira. Isso porque o delegado Claiton Pinho trabalha apenas com um agente e contava com policiais militares para auxiliar no desenvolvimento dos procedimentos teve que devolver os PMs para o Batalhão.

Por outro lado, a volta dos policiais para os batalhões de origem é uma promessa de reforço no policiamento ostensivo. O problema, de acordo com alguns policiais, é que muitos deles passaram muito tempo dentro de uma delegacia e estariam “desacostumados” com técnicas de patrulhamento, necessitando de uma reciclagem. 

Do Portal BO

NOTA DO BLOG

Embora não tenha nada contra a medida tomada pelo alto Comando da Polícia Militar, atendendo reivindicação antiga do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), não podemos, também, deixar de ressaltar que, na atual conjuntura, a Polícia Civil, sozinha, não terá como executar o trabalho que vinha sendo realizado em conjunto com alguns PM´s que atuavam como “delegados” nos destacamentos das cidades do interior.

Concebo que teria sido muito mais sensato que, antes da decisão, tivesse sido realizado concurso público para o preenchimento de vagas e, ainda, uma melhor delimitação territorial e área de abrangência para a atuação das delegacias.

A falta de delegados, escrivães e agentes civis é idêntica no Rio Grande do Norte. E talvez a situação seja bem pior na região do Alto Oeste. O delegado, INÁCIO Rodrigues de Lima Neto, por exemplo, que é titular em Pau dos Ferros, também é responsável por mais de uma dezena de delegacias na circunscrição, assim como o delegado Cleiton Pinho, de Apodi, entre outros das regiões Seridó e Vale do Açu.

O reduzido corpo funcional, aliado ao excesso de trabalho e o esforço sobre-humano para cumprir diligências, investigações e concluir inquéritos policiais, podem comprometer – e muito - a boa prestação de serviços aos cidadãos, que clamam por respostas céleres e satisfatórias aos ilícitos penais.





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