23 dezembro 2011


O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves (RN), diz que “nem com guindaste” o governo tira o primo Garibaldi Alves da Previdência, na reforma ministerial: “Ele tem feito ótimo trabalho; o abacaxi do começo virou doce”. Saindo do governo, Garibaldi Alves seria forte candidato a presidente do Senado, inclusive com o apoio da presidenta Dilma. E isso tornaria inviável a eleição de Henrique para presidente da Câmara.

Cláudio Humberto


COMENTÁRIO DO BLOG


A presidente, Dilma Rousseff, desde o início da sua gestão, não vai muito com a cara de Henrique Alves, que a desafiou e quis emparedá-la publicamente e, em função disso, já teria externado sua simpatia em fazer de Garibaldi Filho presidente do senado, outra vez, e enterrar o sonho do líder peemedebista em dirigir a Câmara dos Deputados. 

A comandante da Nação não quer dar sopa para o azar e ter de conviver com a imprevisível Câmara dos Deputados, chefiada por Henrique Alves (seu potencial desafeto e amigo íntimo de Michel Temer), exatamente num período que antecede as eleições gerais (com sua candidatura à reeleição ou um suposto retorno de Lula). Ela não quer correr o risco de ficar, permanentemente, sobre a mira de uma faca peemedebista no pescoço. Ademais, na escala hierárquica da República, na vacância do cargo, por quaisquer que sejam os motivos do afastamento da presidente e do vice, Henrique Alves assumiria o cargo maior do País; algo que Dilma pretende evitar a todo custo.

O jogo de cintura de Dilma, que tem demonstrado não ser sexo frágil, é algo digno duma cartada de mestre! Ela também já mostrou que não dá ponto sem nó.

Resta, porém, à mandária maior do país, combinar com o PMDB, o vice-presidente, Michel Temer, senador/ministro, Garibaldi Filho e o deputado, Henrique Alves, para saber se eles concordam com essa manobra. Pois, é bem possível que Garibaldi Filho, que já comandou o Senado (de 12 dezembro de 2007 a 2 de fevereiro de 2009), abdique da condição de presidi-lo, outra vez, em favor do primo-irmão, Henrique Alves que, em virtude de já exercer o décimo primeiro mandato eletivo de deputado e viver um excelente momento político, deseja muito dirigir a Câmara Federal; até mesmo para realizar um sonho antigo do pai, de saudosa memória, Aluízio Alves. 

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