Enquanto o grupo situacionista de José da Penha sobe na "Torre de Babel", a oposição avista a “Terra Prometida”

Dizem as más línguas que depois de uma queda, normalmente, vem um coice. E parece que isso é o que está acontecendo no município de José da Penha, localizado na região do Alto Oeste potiguar. Lá, o suposto prefeitável pelo bloco situacionista, Antônio Dólar, em pouco tempo, numa luta desesperada de encontrar um abrigo seguro, peregrinou por três partidos (PP, PMDB e PMN) e, juntamente com o sobrinho prefeito, Abel Dólar, também abençoou a migração de diversos vereadores para o PSD. 

No intuito de abraçar o “mundo e as cabras de Raimundo”, como diz um adágio popular, e na avidez de aumentar o poder de fogo com vistas ao pleito eleitoral que se avizinha, a ala governista jotapenhense, ao contrário do planejado, pelo visto, deu um tiro pela culatra. Eles não contavam – e nem supunham –, apesar da obviedade, que o PMDB iria para os braços e abraços da Governadora, Rosalba Cialini, e nem que o PSD, presidido no estado pelo vice, Robinson Faria, perderia o cheiro e o néctar da Rosa. 

Pois, bem.

Como quem muito quer, muito perde, a estratégia deu errada e o cenário que parecia ser favorável às pretensões da família Dólar, em dar continuidade ao eterno projeto de governar a Terra de São Francisco, já sinaliza para um “fim derradeiro”. 

Antônio Dólar, por ter permanecido, apenas, 17 dias filiado ao PMDB (que hoje é governo) não receberá o apoio da legenda à sua postulação. O PSD, por sua vez, perdeu forças e gordura e já não tem muito o que ofertar. Assim sendo, essas idas e vindas, sem prumo, nem rumo, em busca de guarida, sombra e água fresca, poderá ter significado um final de uma carreira política que mal começou.

Toda a estratégia montada pelo situacionismo, que parecia perfeita e tinha como rota um céu de brigadeiro, aos poucos está se transformando numa Torre de Babel, confusa, sem entendimento e com destino incerto e não sabido. Na contramão dessa história, o grupo oposicionista procura falar a mesma língua, tem evitado bater cabeça, avança sua tropa, ganha espaços e já avista - de bem perto - a “Terra Prometida”.