27 setembro 2011

Observando a cena de longe, sobre a postura do vereador Manoel Florêncio, ao ter hesitado em comparecer ao “grande encontro” do PMDB de Pau dos Ferros, no último sábado (24) e, depois, quem sabe, lá na frente, correr o risco de ser engolido pelo MAIOR partido do Brasil, veio-me à mente um fábula que conta a estória de uma onça que simulou estar doente e espalhou a notícia pela floresta.

Pois, bem.

Diz uma estorinha de niná menino buchudo que, certa vez, uma onça faminta simulou que estava doente. Daí, fez um pacto com o camarada macaco para espalhar na floresta que se encontrava no leito da morte e carecia de visitas para confortá-la. Os animais apressados, solidários com a enfermidade da pobre felina, correram para lá e foram lhe “fazer quarto”.

Nesse intervalo todo, a tartaruga, vagarosa ki só ela, foi pouco a pouco se aproximando do local e, num estalar de casco, observou que no terreiro da casa da “pintada” só existiam pegadas entrando. Uma, sequer, saindo, não existia.

Ela, meio desengonçada, mas desconfiada como cachorro em caminhão de mudança, continuou seus passos lentos e meditou: “eu acho que é bem melhor rezar para minha amiga onça, do que ir visitá-la".

Resultado: Foi o único animal que se livrou das suas garras e mordidas afiadas. Naquele amontoado de espécies, entre mortos e feridos, não escapou ninguém; somente ela.

Enveredando por esse caminho em linha reta, como o vereador, Manoel Florêncio, igual à tartaruga, dar passos lentos, mas presta muita atenção aos detalhes que, muitas vezes, passam despercebidos por algumas pessoas que se intitulam de donos do discernimento, mas por não conseguirem enxergar um palmo à frente do nariz tomam decisões precipitadas, ele, ao contrário, de forma sensata, de pés no chão e sem pressa, está usando a estratégia acertada de fugir dos laços e armadilhas que possam levá-lo – por completo – a ser engolido seco, sem água, pela gula voraz da “onça” e sua legião de amigos que, disfarçados de cordeiros, estão travestidos ou disfarçados de felinos sedentos e esfomeados pelo poder. Em função disso, sentem o desejo ardente e latente de devorá-lo vivo; se conseguirem atraí-lo para as iscas lançadas pelo PMDB em solo pau-ferrense.

Não é difícil pegar o único vereador bacurau de Pau dos Ferros de “calça curta”, como disse o ministro Garibaldi Filho, pois ele é afeito às bermudas. Porém, não é tarefa das mais fáceis agarrá-lo de surpresa, numa armação de arapuca ou dentro de um fojo político. Pois, doido e besta é quem pensa que ele também o é e cai rápido como uma presa desavisada. Não é assim que se espeta o caçote, não.

Manoel Florêncio, para quem ainda insiste em não querer saber, não faz parte de nenhum grupo sem juízo, que rasga dinheiro e come pão doce amassado, não. Longe disso! Ele está inserido no meio de um seleto time de pessoas que têm firmeza de propósitos e sabe muito bem o que quer para seu destino e carreira política. 

O futuro, bem próximo, dirá se quem tem razão é a onça ou a tartaruga. Porque a onça esperou sentada e sossegada, lá na sombra do BNB, por uma oportunidade para dar o bote certeiro. A tartaruga, por sua vez, muito esperta, não foi até lá; preferiu ir à igreja rezar por ela. Por enquanto, os dois estão sobrevivendo – cada um a seu modo. Mas, assim como no enredo da fábula, resta-nos saber se ambos terão final feliz!?!

O tempo, senhor da razão, dirimirá as dúvidas.


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