A arte da política é muito dinâmica. O povo de São Miguel, localizada no Alto Oeste potiguar, que o diga.
Quando tudo parecia caminhar para a paz duradoura entre os caciques da Serra do Camará, eis que, novamente, está havendo uma brusca mexida no tabuleiro das definições com vista ao pleito que se avizinha.
O blog tomou conhecimento de que Dario Vieira, que tinha dado alguns sinais de recuo, nos últimos dias, já voltou à cena e esbraveja como pré-candidato ao cargo máximo do município.
Temendo ser engolido por Raimundo Fernandes, deputado que, num determinado momento, pertence ao PMN e, noutro, é filiado ao PSD, que ainda não existe, e, nos bastidores, tem forte poder de comando noutras siglas, o ex-prefeito, mais desconfiado do que cego quando recebe esmola grande, vai sair do PP e migrar para outro partido.
Segundo informações preliminares, a nova legenda que está nos planos do médico Dario Vieira, pasmem, é o PT, com o aval dos deputados Fátima Bezerra e Fernando Mineiro. Essa manobra faz parte do pacote de medo que ele tem da influência que o “Bigodão” exerce sobre os demais partidos e, com isso, após o dia 7 de outubro (data limite para quem deseja mudar de agremiação e ficar apto para a disputa do próximo ano), possivelmente sofrer uma intervenção e ver seus planos de voltar a dirigir os destinos de São Miguel, serem jogados de ladeira abaixo.
Há quem afirme que o atual prefeito, Galeno Torquato, abençoa essa decisão. Até porque um aliado dos dois, que também está querendo fugir da liderança de Raimundo, atendendo ao pedido de Dario, vai assinar ficha de filiação no DEM, que é presido por Dona Loudinha Torquato, mãe de Galeno. Tudo isso leva a crer que Dario, como alguns desavisados pensam, não está sozinho na empreitada. Seus apoios são robustos.
Por outro lado, como já foi dito à exaustão, Nirinha Fernandes está com o bloco na rua e, de acordo com o marido/deputado Raimundo, sua postulação é “irreversível”; o que deverá render uma boa e feroz briga de “cachorros grandes”.
A oposição, pelo visto, vem dando sinais de enfraquecimento e assiste a tudo em silêncio sepulcral. Já há quem afirme que o “acordo”, selado há alguns dias sobre a possível cabeça de chapa, fruto do resultado de pesquisas, entre os médicos Salismar Correia e Acácio Filho, não tem mais razão de ser. Ela, simplesmente, teria sido abortada por Acácio Campos (o pai), que teria demovido a ideia “precipitada” e será, outra vez, o nome do PMDB para disputa eleitoral em 2012.
Na Terra descoberta pela família Carvalho, sobrenome judaico que designa uma espécie de madeira muito dura, “o pau que dá Chico, normalmente, bate em Francisco”.
Eita!
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