11 agosto 2011

Muitos dos que estavam presentes lá no Éden Clube, no último sábado (02), durante o mega-evento promovido pelo DEMocratas, talvez tenham sido tomados de sobressalto – e até achado estranho - quando ouviu o líder do governo Rosalba, Getúlio Rêgo, no seu discurso, fazer referência ao deputado federal, Henrique Alves, como aliado.

Pois, bem. Os crédulos, incrédulos ou agnósticos que ainda achavam que em política o impossível e o imponderável existem, eis que, posso afirmar, porque convivo dentro dela desde os 13 anos de idade, que só não consegui ver, ainda, boi voar. De resto, já presenciei de tudo um muito.

Hoje, lá em Brasília - para que as peças do quebra-cabeça possam sair do imaginário e se encaixar na  razão e no coração dos que duvidavam – o senador, José Agripino, preparou um “guisado” regado a vinho, na sua residência, e convidou para sentar à mesa com ele o ministro, Garibaldi Filho, deputado Henrique Alves e o “primeiro-damo”, Carlos Augusto Rosado

A governadora, Rosalba Ciarlini, não pode degustar o prato porque estava no velório do engenheiro José Wilson Lage Nogueira, marido da secretária de Educação do Estado, Betânia Ramalho, que faleceu ontem. Mas, mesmo de longe, lá em Natal, abençoou o almoço e rezou pela sua boa digestão.

Ora, após as garfadas e umas "lapadas" de vinho (era bem Dom Bosco) desta quarta-feira gorda, o PMDB do Rio Grande do Norte (que já tinha indicado duas secretarias através de Garibaldi), agora vai desembarcar de mala e cuia no governo Democrata, que passará a ter maioria absoluta na Casa Legislativa, e abrirá as porteiras do Planalto para a Rosa. Em contrapartida, Agripino deverá baixar o tom dos discursos no Senado contra a gestão PTista, digo, PMDBista.

As bolsas de bondades mútuas não param por aí. Além do apoio na Assembleia, que também deverá render alguns dividendos como a ocupação de mais espaços no governo, Henrique já sinalizou que a legenda presidida por ele deverá fazer coligação com o Democratas em diversos municípios potiguares. Apoiará a candidatura do deputado, Felipe Maia, à prefeitura do Natal em 2012, e onde o DEM indicar a cabeça da chapa, o PMDB poderá indicar o vice. A recíproca é verdadeira e os acordos pra mais de metro!

Uma das fotos de 2012

Aqui em Pau dos Ferros, em função de algumas arestas que precisam ser aparadas, a senha de acesso deverá ser, novamente, o vereador peemedebista Manoel Florêncio, para encabeçar a chapa com o Democrata Fabrício Torquato, na eleição do próximo ano. Em 2008, foi-lhe confiada essa missão e ele abdicou em favor de Fabrício.

Ademais, acaso o projeto de Felipe seja exitoso, abrir-se-á mais uma vaga de deputado federal nos quadros do DEM, que deverá ser preenchida por LEONARDO Rêgo e avalizado pelo PMDB. A outra, deixada por Betinho Rosado, que assumirá o cargo de Conselheiro no Tribunal de Contas do Estado, será disputada por Fafá Rosado que, em abril vindouro, renunciará ao mandato para Ruth Ciarlini assumir e ficar apta a disputar a reeleição.

Quanto ao deputado Henrique Alves - "abnegado, singelo e humilde criatura" - este diz que não quer muita coisa em troca não. Apenas receber a garantia de que será o “Candidato de Todos” à única vaga de senador no pleito de 2014. Sim. Apenas isso. Ele é muito "generoso"!

O “trinchinchin”, como dizia minha avó, de saudosa memória, está bem montado. Só falta perguntar a Celso Russomanno se o malabarismo político “está bom para ambas as partes”. 

Pelo menos “aqui e agora” está. O futuro . . . a Deus pertence!

 Fabrício Torquato, Maria Rêgo e Manoel Florêncio. "O bom filho à casa retorna"








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