16 agosto 2011

Mesmo vendo o grupo oposicionista fumando o cachimbo da paz e desfrutando lua-de-mel com os médicos Salismar Correia e Acácio Filho, o prefeito de São Miguel, Galeno Torquato, ainda não foi caPAZ de amolecer o coração e declarar seu amor político à candidatura de Nirinha Fernandes à sucessão municipal do próximo ano.

O chefe do executivo micaelense, ao agir na contramão dos seus adversários, comporta-se como quem assina um atestado de desconfiança à aliada do passado e do presente e demonstra incertezas quanto se ela será uma companheira do futuro.

Talvez a dúvida que ronda a cabeça do mandatário da “Terra que ama Frei Damião”, e que o inquieta dia após dia, seja, exatamente, o medo de ser alvejado por “fogo amigo”, lançado pelo esposo de Nirinha, deputado Raimundo Fernandes. 

Segundo comentam alguns “analistas” de plantão, Galeno teme e treme nas bases quando imagina entregar o poder, por tabela, ao “Bigodão”, em troca de um suposto apoio para deputado estadual em 2014, e, lá na frente, após a fatura conferida e carimbada, ser surpreendido com a candidatura à reeleição do próprio Raimundo e, com isso, ver o acordo e suas pretensões serem sepultadas na vala comum. 

Dizem as boas línguas que só em pensar nessa possibilidade adversa, Galeno tem passado noites insones e varado madrugadas. Até porque, nos últimos dias, intensificou suas investidas e conversações com algumas lideranças regionais, com vistas ao pleito eleitoral de 2014, e não pretende ver seu sonho acordado virar pesadelo. 

O certo mesmo nessa história toda, em resumo da obra, é que o criador e a criatura olham com olhar de espanto e desconfiança um para o outro. Nenhum dos dois teria coragem de apostar um dedal de farinha na palavra do outro. Está na cara como "papeira" que nem Raimundo confia em Galeno, nem este morre de amores por Raimundo; o que aumentam as chances de Dario Vieira e o vereador, presidente da Câmara Municipal, Chiquinho Queiroz, fazerem dobradinha como candidatos governistas, contra a vontade velada do raimundismo.

Na verdade, em São Miguel, os “gatos escaldados estão com medo de água fria”.



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