A batalha do disse me disse travada, nos últimos dias, entre o prefeito de Pau dos Ferros, Leonardo Rêgo, o deputado estadual, Gustavo Fernandes e o diretor-geral do Dnocs, engenheiro Elias Fernandes, através de emissoras de rádio, na minha singela opinião, não tem mais razão de ser; já ultrapassou todos os limites possíveis e inimagináveis da tolerância e do bom senso.
Eu acho, até, que a população não merece esse esticamento de corda sobre um tema que está bastante surrado: a liberação de recursos de convênios celebrados entre a Prefeitura e o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas.
Pense num assunto choco,insosso e sem fim!
Parece que eles estão encarnando personagens insatisfeitos com a beleza física que, não raro, se alfinetam assim: - "você é feio". - "Não. Feio é você, horroroso". - "É porque você nunca se olhou no espelho". Deve ser essa a explicação para tanto falatório improdutivo.
R E C A P I T U L A N D O
Os dois entes assinaram cinco convênios numa solenidade institucional que aconteceu lá na Vila Perímetro Irrigado, zona rural deste município, no dia 17 de maio de 2008.
O primeiro projeto era a implantação de uma Unidade de Produção de Alevinos, no valor de R$ 145.777,98. O segundo, era a implantação de uma Unidade de Produção de Pescados, em tanques-rede, cujo valor nominal é na ordem de R$ 252.000,00.
Já o terceiro, trata-se da implantação de uma Unidade de Produção de Microalgas na cifra de R$ 92.933,40. O quarto projeto, referia-se à melhoria do sistema viário (pavimentação, a paralelepípedo), da vila – onde residem 130 famílias – conferindo um caráter urbanístico, orçado em R$ 947.500,00.
O quinto, por sua vez, é concernente à implantação de 05 Sistemas Simplificados de Abastecimento d´água no município, os quais se propõem a fornecer o precioso líquido para as comunidades da Maniçoba, Extrema, Poço Comprido, Sorriso e Torrões, tendo, como fontes de abastecimento, açudes, poços artesianos e poços amazonas, num valor de R$ 316.000,00.
Ao todo, foram conveniados (entre a Prefeitura de Pau dos Ferros e o DNOCS), por intermédio dos seus representantes legais, prefeito Leonardo Rêgo e o Diretor-Geral do órgão, ligado ao Ministério da Integração Nacional, Engenheiro Elias Fernandes, o valor total de R$ 1.754,211,30.
Além das partes envolvidas, aquele evento foi testemunhado pelos Senadores José AGRIPINO e ROSALBA Ciarlini, Deputado Estadual Getúlio Rêgo, vereadores Eraldo Alves, Socorro Cunha e Manoel Florêncio, Secretários Municipais, Assessores, Profª. Maria Rêgo, o odontólogo Fabrício Torquato, empresário Gustavo Régio Fernandes, Prefeitos de Itaú, Edson Melo e Riacho de Santana, Raimundinho, Chefe da Unidade de Campo da Bacia do Apodi (DNOCS local), engenheiro Fausto Magalhães, engenheiro Cláudio Fídias, Everaldo Alves, representante da comunidade, e de uma multidão que se encontrava ali.
RETOMANDO O ASSUNTO
Em 2008, existia uma relação amistosa entre o governo municipal e aquele órgão pertencente ao Ministério da Integração Nacional. Mas, não sei por que cargas d´água, de uma hora para outra, após ter seus interesses políticos contrariados, haja vista que Elias Fernandes queria emplacar o filho, Gustavo Régio, como companheiro de chapa do candidato Leonardo Rêgo e não logrou êxito, o humor e o comportamento dele perante a administração parece que deram uma guinada de 180 graus e, em função disso, passou a olhar atravessado para o gestor pau-ferrense.
Ora, de maio daquele ano aos nossos dias, já se passaram mais de 3 (três) anos. Logo, essa balela de que o município está inadimplente e não tem como receber recursos do Governo Federal é, no mínimo, conversa mole e sem consistência que bota até boi pra dormir, sonhar e jogar no bicho. Pois, de lá pra cá, o município já firmou inúmeras parcerias com a União, recebeu os recursos, executou e prestou contas.
Por que, então, só o Dnocs alega que existem restrições, quando a Prefeitura, por sua vez, já provou por “A mais B” que está com o CNPJ limpo na praça? Na verdade, pelo visto, o que está caracterizado é que existe, sim, má vontade política para resolver um problema administrativo simples que, infelizmente, descambou para o campo pessoal e privado cujos caminhos tortuosos NÃO LEVARÃO A LUGAR ALGUM, salvo à exposição desnecessária e à ranhura de imagem.
Ademais, se o Dnocs dispunha de Orçamento em 2008 para celebrar os convênios, por que, então, passados 1.105 dias, os recursos financeiros ainda não foram liberados? É muito estranho!
Considero essa pugna muito parecida com brigas de “meninos buchudos” que, num passado distante, provocavam os desafetos chamando-os para “chiar no murro”. Às vezes, faziam-se dois riscos no chão simbolizando as duas mães e o que se atrevesse a apagá-los era surpreendido com um “tabefe”. Tinha, também, uma versão mais sebosa que era a do suposto juiz pedir para cuspir na mão atravessada entre os valentões. Quando este a retirava do meio, inevitavelmente, a saliva gosmenta era arremessada na cara de um deles e, a partir daí, começava o festival de "bufete" e tapa-olhos.
No paralelo, esse uso descontrolado de acusações e arremessos de flexas pontiagudas atiradas a esmo (de um lado e do outro) já está mais do que na hora de cessar. Porque gestos enfadonhos dessa natureza tem cansado – e muito - a população pau-ferrense e da região. E ela, mais do que ninguém, por ser soberana, merece respeito, poucas palavras e MAIS AÇÃO - até por que existem outros reclamos e projetos, infinitamente mais substanciais, que devem nortear a pauta de prioridades deste município polo do Alto Oeste potiguar; em detrimento de agressões verbais, engalfinhamentos e bate-bocas infrutíferos via ondas de rádios.
Acredito que tudo quanto os habitantes da Vila Perímetro Irrigado querem, agora, é ver as obras de pavimentação, a paralelepípedo, concluídas. Para isso, necessário se faz que os espíritos sejam desarmados e a bandeira da paz hasteada. Pois, o que importa, neste momento, é o diálogo maduro e diplomático para viabilizar a liberação dos recursos financeiros e resolver - de uma vez pra sempre - essa desgastante e aborrecedora situação.
Tenho dito!
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