20 janeiro 2011

"Ó ABRE ALAS QUE EU QUERO PASSAR"!

Imediações do Açougue de Pau dos Ferros - 2009
As enchentes forçam o comércio a fechar as portas
As águas se avolumam na rua "Bevenuto Fialho" - Centro
O transbordamento do Rio leva água até o "Posto Esso"
É com perplexidade que vejo e ouço – quase que diariamente – no noticiário televisivo, radiofônico e escrito – matérias ligadas às incessantes precipitações pluviométricas e desastres ambientais nos Estados de SÃO PAULO, RIO DE JANEIRO e MINAS GERAIS, localizados na região Sudeste do País.
Mortes, muitas mortes e destruição dão a tônica das catástrofes que assolam esses três entes federativos.
O quadro – dessa TRAGÉDIA ANUNCIADA - é sombrio e desolador. Já beira à casa das mil pessoas que tiveram suas vidas ceifadas pelas enchentes!
Não é incomum se propalar, até pelos cotovelos, que “as águas invadiram cidade A ou B”. Ledo engano!
Se formos analisar por outro ângulo - e com a razão - num patamar, infinitamente, superior à emoção, haveremos de concluir que, na verdade, foram as cidades e suas BARREIRAS ARQUITETÔNICAS que se apossaram dos córregos e rios sem a permissão deles.
Esses episódios negativos acontecem porque os cidadãos (sem-teto) que não têm onde morar, e não recebem do Poder Público uma residência digna, na agonia e desespero constroem, a seu bel-prazer, casas e barracos em áreas de risco, muitas vezes, sob as bênçãos e conivência dos governantes de plantão que, num determinado momento, com interesses, eminentemente, político-eleitorais, fecham os olhos para a dura realidade [sem resolver o problema] e, depois, quando a seringa aponta para seus braços, simplesmente, retiram-nos da reta e passam a agulha rombuda pra frente; fingindo que NÃO é pra eles!
Ora, as “torrentes hibernais”, conforme descrito no livro bíblico de Eclesiastes, querem e pedem passagem. Logo, se elas encontram obstáculos pela frente que impeçam seu curso normal, obviamente, suas forças saem arrastando (sem pena e dó) o que encontrarem pelo caminho!

Nenhum comentário: