12 dezembro 2011

A coluna encerra o giro pelo Oeste com um capítulo exclusivo à sucessão no município de Pau dos Ferros. Talvez, e provavelmente, onde o clima está quente ou tenso – como queira –, devido ao acirramento entre governo e oposição. A pré-candidatura do vice-prefeito Fabrício Torquato, recém-convertido ao DEM, avançou em todos os quadrantes da cidade, saindo de mera especulação para fato concreto, o que provocou a reação da oposição. E a reação, diga-se, da forma mais baixa possível.

Sob a batuta do ex-prefeito, Nilton Figueiredo (PMDB), que sonha retomar o poder municipal, foi iniciada uma campanha de denúncias contra a administração do prefeito Leonardo Rêgo (DEM), tutor da candidatura de Fabrício, como forma de frear um avanço do projeto governista.

Através de blogs, as denúncias surgem quase diariamente e, com a mesma velocidade, são substituídas por falta da materialização. A tática é nodoar a imagem de Leonardo para, por consequência, atingir a postulação de Fabrício. A missão de Figueiredo, no entanto, não é das mais fáceis.

Além de cuidar da artilharia contra Leonardo Rêgo, ele precisa superar um obstáculo legal para se viabilizar candidato. Com condenação por colegiado, devido a problemas na sua última administração, e respondendo uma série de processos, Nilton Figueiredo depende do julgamento da Lei da Ficha Limpa no Superior Tribunal Federal (STF).

Se os ministros decidirem pela validade da lei, o ex-prefeito estará impedido de disputar cargo eletivo pelos próximos oito anos. Daí, o “Plano B”, que é o jovem nefrologista Bráulio Figueiredo, filho de Nilton, que também filiou-se ao PMDB para se colocar à disposição. Só que Bráulio não tem a mesma aptidão do pai pela política, o que o deixa em situação de desconfiança. É nesse ritmo – agitado – que a sucessão pau-ferrense está nas ruas, como prenúncio de que a cidade viverá em 2012 uma disputa acirradíssima.

César Santos

COMENTÁRIO DO BLOG

O jornalista esqueceu de citar que, além dos “probleminhas” na justiça comum, em função dos inúmeros processos que responde, o ex-prefeito, Nilton Figueiredo, e o seu filho, Bráulio Figueiredo, estão enganchados no arame farpado da Justiça Eleitoral por dupla filiação partidária e poderão ficar impedidos de disputar as eleições de 2012.

Nilton e Bráulio, os Plano “A” e “B” da oposição, assinaram ficha de filiação partidária no PMDB no dia 06 de setembro de 2011 e só pediram desligamento do PP no dia 21 do mesmo mês. Portanto, 15 dias depois numa flagrante violação à Lei 9.0965/95.

O processo está na mesa do Juiz da 40ª Zona Eleitoral, Dr. Oswaldo Cândido de Lima Júnior, que tem até o fim do ano para julgar o deslize cometido pelo ex-prefeito e seus assessores junto ao TSE, através do infalível Sistema FiliaWEB.

A Justiça Eleitoral, que é muito rígida e bastante atenta à questão prazo, não costuma perdoar, nem deixar de graça equívocos, às vezes cometidos de propósito, e menos ainda acatar justificativas vazias que tentam induzir os magistrados a erros.

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