BRASIL: O PAÍS DO "DEPOIS"

O carnaval terminou e, parece, que a partir de hoje, o País volta ao seu curso “normal”.

Vivemos numa Pátria do “depois”: depois do Natal, depois do Carnaval, depois da Semana Santa, depois do São João, depois da Copa do Mundo (quando há - de quatro em quatro anos), depois do feriado esse ou aquele. Enfim, tudo fica para depois. E como somos partes integrantes dessa Nação, deixamos, também, muitos planos, alvos, metas, objetivos para depois. Protelamo-nos. Muitos deles, até para depois de amanhã que, às vezes, por inércia ou negligência, não fazemos por onde esse tão propalado “amanhã” venha ao nosso encontro.

Assim o é, também, concernente às decisões e definições político-eleitoral deste ano.

Como já escrevera, a festa de Momo se foi. Em São Paulo, a escola “Vai-Vai” - que alguém achava que não iria - foi e ganhou. No Rio, na tarde de ontem, a apuração dos votos deu uma apertada vitória à “Beija-Flor” de Nilópolis que se consagrou bi-campeã; saiu espalhando seu néctar e exalando perfume pela cidade maravilhosa.

Até por aqui houve quem improvisasse uma festa carnavalesca que, pelo resultado final, fora considerada peçonhenta até para os próprios idealizadores que acabaram bebendo do próprio veneno.